terça-feira, 5 de maio de 2009
Ela administrou os comprimidos mas eu não pude fazer nada
só vi a minha perdição perder-se
redundante não é?
Sorri com a lágrima que correu,
a redundância sempre rondou a minha vida
rodou a como a saia da carolina
do lagarto verde

Lagarto lagartinho

Foi a roda da fortuna
que rodou a minha sorte
que deu voltas a minha vida,
tornou a irónica,
sucumbiu ao sarcasmo do futuro
cantoria zombadora

Roda a saia da carolina

A cigana de meu lado disse Põe as cartas
as cartas falam de carta de papel
carta de papel que me vais dar o papel cobiçado
mas isso não me fazia rir,
sorria pela redundância

Lágrima que passou pelo sorriso.

Cai de joelhos quando ela se pousou no chão,
envolto em lágrimas
sorri.
Roda da fortuna que giras a minha vida
que fazes com que dê voltas e voltas deixando-me tonto

Tonto me chamam.

A primeira vez que te vi chorei
nunca tinha chorado
chorei com um sorriso na cara
Eras tu que me fazias sorrir,
lembras-te?

Administraste os comprimidos que me afastaram de ti
Aproximei-me dela
Abracei-a
abracei-a como quando percebi que ela era o meu futuro.
meu futuro zombador
que me fazes tanto chorar como rir.
Levei a minha perdição a perder-se,
perdi a nestas voltas
nas voltas que a vida dá.

Sou o escritor que não sabe escrever
Sou o escritor que não se sabe exprimir

Já me chamaram fingidor
mas é o amor
é fácil amar e ser amado
é só falar o que é melhor de ouvir
Mas o calor
só acontece quando nada e claro

Estou cansada de ouvir este fado..

3 comentários:

Unknown disse...

faz me pensar em Fernando pessoa e numa amiga minha

Escritor de moleskines disse...

muito obrigada pelo comentario! mas acho que fernando pessoa nao ia ficar muito feliz por ser associado a este pedaço de pseudo-literatura reles xD

Lavadinho disse...

Brilhante. SImplesmente brilhante.

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